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Pharmácia de Serviço

Há remédio para tudo ... pharmaciadeservico_at_gmail.com

"Mudança de voz"

quinta-feira, 30 de junho de 2005

Ideia-chave nas declarações políticas dos "portas-vozes" do PS:

- Na anterior maioria (simples): Quem se mete com o PS, leva!

- Agora, com maioria absoluta: Quem marca o calendário político somos nós!

Nota-se, cada vez mais, a voz "a engrossar"!

O governo contra-ataca

quarta-feira, 29 de junho de 2005
O regresso do aborto

O governo, à míngua de "factos políticos" que mantenham os cidadãos e a opinião pública distraídos da sua peculira forma de governar (diga-se, em abono da verdade, bastante arrogante) e das múltiplas confusões em que os ministros têm sido pródigos (por mero exemplo, o costa e o ministério pública nas rondas da bófia, a educativa ministra e o pronuncimento dos açores que não fazem parte da república e do sistema "de cá", cunha dos impostos mais a rectificação dos quadros dos orçamento rectificativo, o pinto de sousa, primeiro ministro, mais as "promessas" e as "mentiras"), e visto que o referendo europeu foi à vida dele, resolveu re-inventar agora o referndo do aborto, para continuar a manter o pessoal distraído das "galegadas" com que nos vai governando.

Assim, vai "encantando" a esquerda (fazendo-lhe a vontade abortiva e procurando calá-la no que toca às reacções quer ao modo afrontoso como o primeiro ministro gosta de anunciar medidas quer às próprias medidas) e "distrai" a direita para uma guerra que lhe é muito "querida" (e que para o PS e seu governo "é a feijões" e para cujo resultado se estão totalmente "nas tintas") mantendo-a afastada de uma oposição que só precisa de ser atenta e minimamente inteligente para desmascarar o "embuste" governativo em que estamos metidos.

Por outro lado, pinto de sousa, primeiro ministro, o seu governo e a agremiação política de que é maestro, esperam, a todo o transe, a colaboração do senhor Presidente da República (o mesmo que os levou "ao colo" para cima do cavalo do poder) no que toca à convocação do referendo, mesmo que para tal, utilizem o "terror" como forma de agir politicamente, num assomo de total má-educação política, procurando entalá-lo, de forma ostensiva (para o "entalanço" ser mais "persuasivo") entre a espada e a parede.

É que, não tarda, vêm ai as férias grandes.

Depois o senhor professor da "boa moeda" deve anunciar que, devido à crise que o país atravessa (o que é uma absoluta verdade) ele responde ao apelo (de quem?) e candidata-se a Presidente da República.

Depois, em Outubro, vêm as autárquicas, com todos aqueles candidatos, com todos aqueles comícios absolutamente boçais, com todos aqueles dislates, com todos aqueles "coelhais" discursos, com todas as obras acabadas à pressa e com todas as promessas do governo para o candidato PS ganhar a sua "camarazita". Ah"! falta referir o Carrilho, os seus discuros pós-modernos, a sua poética, a sua sobranceira pretensa intlectualidade, a sua televisiva mulher, o Dinis-filho-prodígio e as revistas cor-de-rosa!

Depois, em Janeiro do proximo ano, vêm as presidenciais. Como o PS anda à míngua de candidado de peso, credível e ganhador, para as presidenciais, é tão certo como três e dois serem cinco que o senhor professor "limpa" as eleições com uma perna às costas. E depois de eleito passa a ser ele a convocar os referendos.

Ora já se está mesmo a ver o PS e pinto de sousa primero ministro a "mandá-lo" convocar um referendo, com aqueles modos e determinação de quem está ali a "metê-lo" entra a espada e a parede! "Sem espinhas"!

Pela aragem, já se prevê o que vai ser a co-habitação!

Daí a pressa para o referendo ainda na "era" sampaio. Sempre seria mais fácil. Será mesmo?

Se não houver referendo já se esta a ver pinto de sousa, primeiro ministro, juntando a pontinha dos dedinhos das mãos, virado para o bloco e dizendo que a culpa de não haver referendo é da direita (que não o "ajudou" como era sua estrita obrigação) e do Presidente da República, um malandro (agora ele já está de saída, não é mais preciso e já se pode dizer tudo...).

Rectificações

Será que hoje não haverá rectificações à rectificação do rectificativo?

É que é preciso rectificar!

Há bilhet'ó ver'a lista!

terça-feira, 28 de junho de 2005
Manuel Maria Carrilho e a concelhia socialista de Lisboa também já acordaram a metodologia da composição da lista de candidatos a vereadores pelo PS, consenso que surgiu após reuniões realizadas sábado e segunda-feira passada e que foram acompanhadas pelo coordenador autárquico do partido, Jorge Coelho.

A Comissão Política Concelhia de Lisboa escolherá os candidatos em segunda, quinta e sétima posições e Manuel Maria Carrilho escolherá os restantes até ao oitavo lugar.


Designa-se isto como um absoluto e total entendimento das diversas partes quanto à composição das listas para a autarquia lisboeta.

Contudo, há também quem lhe chame outra coisa qualquer!

Rectificação do Orçamento Rectificativo



É favor não ler os quadros anexos ao orçamento rectificativo, visto os dados numéricos neles contidos apresentarem uns lapsos, que verdadeiramente não são erros, mas dão uma visão errada das contas públicas.

Na rectificação do orçamento rectificativo esses lapsos serão eliminados (ou trocados por outros).

Acrescenta-se que esses lapsos-que-não-são-erros, se devem exclusivamente ao facto daqueles dados terem sido pedidos a funcionário públicos que, como toda a gente sabe e o governo não se cansa de repetir, são uma cambada de malandros previligiados, cheios de mordomias, totalmente responsáveis pelo défice, dados esses que infelizmente não foram conferidos pelos membros dos gabinetes dos governantes das finanças (esses sim, de toda a confiança porque escolhidos por critérios de confiança pessoal e, por isso, absolutamente [con]fiáveis!).

Em virtude de tais lapsos, o governo (que nunca erra) vai, desde já, adoptar (já que não consegue tomá-las...) as medidas adequadas, tendo para o efeito reunido um conselho de ministros extraordinário (eles são todos extraordinários, mas este foi "mesmo, mesmo" extraordinário), tendo resolvido que os funcionários públicos (que como toda a gente sabe são uma cambada de malandros previligiados, cheios de mordomias e total e absolutamente responsáveis pelo défice) apenas se possam aposentar quando atingirem os oitenta e cinco anos de idade, sendo que a partir dos oitenta passam a prestar serviço no ministério das finanças.

Assim, todos os erros passam a ser desculpáveis e por força da forretice própria da idade, vão fazer desaperecer o défice num ápice!

Galiza


A seguir à estabiliade propocionada por um governo de 16 anos, chefiado por D. Manuel Fraga Iribarne, que lhe trouxe prosperidade e desenvolvimento económico a Galiza foi parar às mãos do PSOE por via de uma coligação com os nacionalistas do Bloque.

Ao menos, o homem do PSOE na Galiza chama-se Touriño e não Pinto de Sousa, ou melhor, Sócrates.

Veremos como vai estar a Galiza daqui a algum tempo.


La vai um, lá vão dois, três helicópteros a voar ...


O negócio do aluguer de helicópetros de combate a incêndios tem sido um verdadeiro "folhetim".

Primeiro, o governo resolveu anular o concurso que decorria e estava em condições de ser adjudicado, permitindo uma atempada entrada em acção deste meio de combate a incêncios, porque entendeu que haveria falta de transparência na determinação do preço proposto pelos dois concorrentes em consórcio (e, já agora, porque o concurso tinha sido aberto pelo anterior governo e se se puder insinuar alguma coisa de menos edificante ou dizer mal a seu respeito, não se faz o contrário!).

Depois daquela anulação, o governo dá o dito por não dito e adjudica às mesmas duas empresas o fornecimento do mesmo serviço, mas agora com menor capacidade de transporte de água.
O preço, esse, é que foi ainda mais elevado do que o do concurso anulado!

Se o governo tinha duvidas quanto à transparência do primeiro concurso, que dizer agora do preço desta adjudicação, que nem sequer foi feita por concurso mas por ajuste directo com as empresas fornecedoras?

Oh Costa, a vida "costa"!

“Big brother is watching you” e a “massa” vai … para a GNR e PSP!

segunda-feira, 27 de junho de 2005
Aproveitando o(s) défice(s) – o do Orçamento do Estado (“estimado” em 6, 83% mas que com o esforço titânico do governo vai ser reduzido para 6,2%) e o do número de polícias (decerto que muito superior àquele) – o governo, no meio das disposições de carácter orçamental e financeiro da Proposta de Lei 193/2005 (primeira alteração à Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro, (Orçamento do Estado para 2005)), “meteu” um artigo (o 23º) destinado a alterar o capítulo V da Lei nº 1/2005, de 10 de Janeiro, lei esta que regula a utilização de câmaras de vídeo pelas forças e serviços de segurança em locais públicos de utilização comum.

Ora então o actual governo, por razões de racionalização de meios e de melhoria das condições de prevenção e segurança rodoviárias, tendo em vista o reforço da eficácia da intervenção legal das forças de segurança e das autoridades judiciárias, pretende autorizar a utilização, pelas forças e serviços de segurança, dos sistemas de vigilância electrónica, (câmaras digitais, de vídeo ou fotográficas) para captação de dados em tempo real e respectiva gravação e tratamento bem como de sistemas de localização, instalados ou a instalar pelas concessionárias rodoviárias na respectiva zona concessionada, bem como pela entidade competente de gestão das estradas nacionais e por autarquias locais.

Ou seja: vamos passar a ser filmados “a toda a hora e a todo o instante” em todas as nossas “deambulações estradais” ou “passeios higiénicos” pelas ruas das nossas urbes, com “realização” e “produção” da GNR, PSP e “secretas”.

Curioso é que, por detrás desta ideia, não estão tanto objectivos de disciplina e controlo da circulação rodoviária ou de segurança pública mas principalmente intuitos financeiros (o governo espera conseguir arrecadar uma “enormidade” de receita com as coimas que vai aplicar através da constatação de infracções “filmadas”), intuitos que o governo revela de forma ostensiva ao determinar em lei a afectação do acréscimo da receita resultante dessas coimas aos orçamentos da GNR e da PSP.

E é evidente que a GNR e PSP, para conseguir mais receita para os seus deficitários orçamentos, vão “espiolhar” todos os filmes de modo a não deixar ninguém sem multa (ainda que tal cuidado não nos garanta mais segurança nem nos defende melhor dos condutores absolutamente loucos ou ineptos, para já não falar dos ladrões e demais meliantes).

Agora é que vão começar as multas por “excesso de velocidade média” do artigo 27º, nº 4, do Código da Estrada, com utilização das câmaras das concessionárias das auto-estradas!
E até as câmaras de controlo e contagem de tráfego das SCUT vão servir para detectar infracções (cujas coimas serão pagas pelos respectivos infractores) ao mesmo tempo que registam a passagem das viaturas para efeitos de aplicação de portagens (portagens que serão pagas por todos nós!).

No que toca à regulação e disciplina do tráfego rodoviário, este sistema não permite mais que a aplicação de multas.
Mas é isso que o governo quer: assentando a “prevenção geral” ao nível rodoviário, num sistema de “terror” na aplicação de coimas, espera um efeito dissuasor, ao mesmo tempo que não gasta em polícias e ainda por cima arrecada o valor das coimas. Chama-se a isto “três em um”!

O “grande irmão” anda (mesmo) “de olho” em nós! Por causa do défice …

"Extincriação"

sexta-feira, 24 de junho de 2005

"Extincriação" é uma nova palavra do léxico tecnológico do governo, na área da matemática dos cargos, lugares e prebendas.

Serve para designar a extinção de um qualquer lugar existente, quando se quer arranjar meia dúzia de (novos) lugares mais ou menos iguais (para dar a novas pessoas [leia-se "boys"], naturalmente!).

Exemplo de "extincriação" foi o que sucedeu no ministério da sáude com a extinta Comissão Nacional de Luta contra a SIDA.

O ministro da saúde esperou pacientemente que Abel Meliço apresentasse a sua demissão (face ao "caloroso apoio" que lhe foi dispensado pelo ministro) e "extincriou" o lugar de comissário, criando em sua substituição o lugar de alto-comissário da sáude e de mais quatro coordenadores nacionais. No total cinco lugares!

Assim, neste caso a "extincriação" permitiu "extincriar" quatro lugares, ou seja -1+5=+4.

Ui ui!

«Com as secretárias do Dr. Santana Lopes é que não ia ficar!», disse primeiro-ministro.

Ui ui!

O asseio II


Na Pastelaria “A Mimosa das Avenidas”, uma cliente (acompanhada de um lu-lu) dirige-se ao balcão e pede:
– Por favor, embrulha-me três "chantilly". Mas não se esqueça de lavar as mãos antes de os embrulhar. É por causa de não transmitir infecções!
Responde pressurosamente o empregado:
– Oh minha senhora, aqui neste estabelecimento o nosso lema é o asseio. A higiene é uma regra. E nunca tivemos qualquer tipo de reclamação. Aqui nada é tocado pelas nossas mãos.
– Ora essa?! – admira-se, interrogativamente, a cliente.
– É verdade minha senhora. È o que lhe digo. Aqui nada é tocado pelas nossas mãos. Para tudo nós usamos uma pinça. Por exemplo: os seus “chantilly” vão ser colocados na caixinha que vai levar, utilizando uma pinça! Não lhe tocamos com as mãos!
– Oh! Que asseio! – admira-se, agora espantadamente, a cliente.
– É como lhe digo, minha senhora. Aqui, o asseio é total. De tal forma neste estabelecimento se leva a higiene a peito que nenhum empregado pode tocar no seu próprio corpo!
– Ah! Então e como faz quando precisa de ir à casa de banho?
– Oh! minha senhora! Não tem que saber! Nesses casos, como não podia deixar de ser, utiliza a pinça dos bolos!

O asseio


O asseio é um dever que a todos toca.
Todos devemos ser asseados.
Lavar as mãos faz parte das regras de asseio.
É por isso que antes de tomar as refeições devemos lavar as mãos.
O governo também costuma "lava (daí) as mãos".
Os médicos devem lavar as mãos entre cada doente, para evitar a transmissão de infecções.
Os médicos devem também lavar os pés entre cada doente, pois alguns deles "tratam-nos com os pés".
Há também que fazer higiente oral.
Os brasileiros até dizem, a este respeito, para "lamber sabão".
É o que se recomenda ao senhor ministro da saúde: " lamber (muito) sabão"!

Educadamente independente

quinta-feira, 23 de junho de 2005

Por causa da educação os Açores já não fazem parte da República,
ou seja,
por causa dos "seus" tribunais que não fazem parte do sistema do continente quando apreciam questões da "sua" educação,
ou seja,
por causa das decisões dos "seus" tribunais que produzem decisões sobre a "sua" educação, decisões ("de lá") que desagradam à senhora ministra da educação ("por cá", no continente),
ou seja,
porque quem "se mete" com o governo (nem que sejam os tribunais) "leva", (ou então não se pode dizer que faça parte deste planeta)
ou seja,
por causa da senhora ministra da educação (que por ser da educação, não tem que saber nada destas trapalhadas das ilhas!),
ou seja,
por causa de toda a comunicação social que "independentemente" cala aquilo que dantes gritava.

Pode, portanto, dizer-se com propriedade, que isto é que são governantes!

Finalmente, a "boa moeda"! Estávamos mesmo cheinhos de saudades!


"Passamentos"

quarta-feira, 22 de junho de 2005

O senhor Presidente da República, definitivamente, "passou-se"!

Há superavit...

... de falta de vergonha!

2005-06-22

Ministério das Finanças e da Administração Pública
Nota à comunicação social
Procedimento de défice excessivo


A decisão tomada hoje pela Comissão Europeia não constitui uma novidade visto o Governo ter herdado, de facto, um défice excessivo.

A Comissão adoptou um relatório sobre a situação orçamental portuguesa que inclui fortes críticas ao desempenho em anos anteriores, nomeadamente quanto ao optimismo das previsões económicas, quanto à sub-orçamentação de despesas públicas e quanto aos mecanismos de controlo orçamental nacionais.

Neste campo, é objectivo do Programa de Governo alterar, antes do final do ano, os procedimentos de apuramento das contas públicas, por forma a impedir que no futuro surjam sistematicamente dúvidas sobre a sua qualidade técnica e imparcialidade, entregando a competência de apurar o défice a uma entidade independente.

A Comissão salienta também que as medidas extraordinárias utilizadas nos últimos três anos (1,4% do PIB em 2002, 2,5% do PIB em 2003 e 2,3% do PIB em 2004) têm implicações orçamentais negativas.

Neste campo, este Governo também repudia a utilização de todas as receitas extraordinárias que prejudiquem orçamentos futuros, substituindo-as por medidas estruturais.

Quanto à avaliação feita pela Comissão ao Programa de Estabilidade e Crescimento, cumpre salientar o realismo apontado às projecções para a actividade económica para os anos 2005 e 2006.

O alerta feito pela Comissão quanto à eventualidade de serem necessárias medidas adicionais está previsto no próprio Programa de Estabilidade e Crescimento entregue pelo Governo em Bruxelas.

Os mínimos


Ao que parece o Tribunal Administrativo de Ponta Delgada deu razão aos professores da região. A providência cautelar apresentada pelos sindicatos foi aceite por juiz.

Fenprof interpôs providências cautelares no mesmo sentido em diversos tribunais do país, das quais ainda não obteve resposta.

Já nem sequer se trata de saber se há ou não lugar a serviços mínimos.

Trata-se, pura e simplesmente, de denegação de justiça pelos tribunais portugueses, o que garante os objectivos do governo.

Será que isto tem alguma coisa a ver com o princípio da independência dos tribunais?

Três razões para agora nos sentirmos seguros nos comboios e estações suburbanas da CP na área da Grande Lisboa


1. No primeiro trimestre de 2005 só houve 85 assaltos. Em igual período do ano anterior verificaram-se 127 assaltos.
Como se vê, estão a aumentar francamente as hipóteses de viajar naqueles belos comboios sem sermos assaltados.
Assegurar que não vamos ser assaltados é que é, de todo em todo, impossível!

2. A CP garante que dentro de um ano começará a fechar as estações das linhas da Azambuja, Cascais e Sintra, num sistema semelhante ao usado no Metropolitano.
Portanto, hoje estamos mais seguros porque daqui a um ano a CP vai tomar medidas quanto ao acesso às estações.

3. O mecanismo de «encerramento» das estações da CP da Área Metropolitana de Lisboa (de modelo semelhante ao já utilizado pelo Metro) vai permitir «evitar o acesso ao comboio a quem não paga bilhete». Fica assim garantido que todo e qualquer assaltante (sem discriminação por razões de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou condição social) passa a pagar o respectivo bilhete de comboio.

"Passe intermodal"


O governo vai criar um sistema de transporte regular de directores de estabelecimento prisional, ligando todas as prisões portuguesas.

Este sistema destina-se a assegurar o "roulement" dos directores dos estabelecimentos prisionais que sejam transferidos na sequência de evasões de reclusos, face ao número evasões que se verifica mensalmente.

Venham mais quatro ...


Segundo o título do Público (que é a única coisa a que agora se tem acesso on line) Pedro Saraiva demitiu-se da presidência da CCDR do Centro, no que foi acompanhado pelos dois vice-presidentes que ainda restam (pois o terceiro já tinha ido à sua vida há uns tempos).

Temos assim quatro - lugares -quatro de valorosos e apetecíveis cargos de direcção superior sendo que um - lugar - um é de 1º grau (presidente equiparado a director geral, mas
remunerado como presidente do conselho de administração de empresa pública do grupo B, nível 1, sem direito a acumulação), e três -lugares - três são de 2º grau (vice-presdienetes, equiparados a subdirecotr geral)!

Ora isto não pode deixar de significar que quatro - boys - quatro de Coimbra têm já aqueles lugarzitos prometidos. O que é muito bom!

O problema é que ainda não foi publicado o decreto-lei que altera a forma de designação dos presidentes das CCDR.

Mas logo que sair vamos ter quatro - boys - quatro "abichados" em mais quatro - lugares - quatro.

Quatro - lugares - quatro daqueles-para-os-quais-o-governo-tinha-prometido-uma-regra-quanto-às-nomeações-e-que-as-nomeações-só-seriam-feitas-depois-de-aprovada-a-regra-mas-para-os-quais-já-está-fartinho-de-fazer-nomeações-porque-afinal-os-lugares-eram-outros-e-não-estes.

Bom caminho

terça-feira, 21 de junho de 2005

Estamos plenamente integrados na Europa!

O governo prometeu a Bruxelas que íamos ter no final de 2005 o mais elevado défice dos países europeus - e vai cumprir.

Bruxelas prometeu que levantaria um procedimento por défice excessivo a quem violasse os limites do défice e ele aí está - o governo conseguiu, desde já, um procedimento por défice excessivo, tal como a Alemanha, a França, a Itália e a Grécia (mas esta aqui não se compara a nós).

O governo prometeu que ia eliminar o défice dentro de dois anos, três no máximo, para o que aumentou (ainda mais) os impostos, cortou nas reformas e "atirou-se" aos funcionários públicos - mas Bruxelas não acreditou.

Esta
"falta de fé" de Bruxelas e a enormidade do défice que foi "estimado" para ser apresentado, ainda nos "promete" novos aumentos de impostos, mais sacrifícios para os funcionários públicos e gasolina mais cara (nada de portagens nas SCUT) - "promessas" que o governo cumprirá com todo o gosto.

Emfim, promessas!

Quem te viu ...


Vital Moreira, no seu artigo de hoje no Público (que para link só permite um "cheirinho"), e no seu blog:

Para além das vantagens que têm sobre os trabalhadores do sector privado (segurança no emprego, remunerações, idade de reforma, cálculo da reforma, férias, baixas por doença, tempo de trabalho, etc.), os funcionários públicos têm ainda um outro "privilégio": as suas greves não prejudicam somente (nem principalmente) a entidade patronal (ou seja, o Estado), mas sim e sobretudo os utentes dos serviços públicos, isto é, a população em geral.

Quem te viu e quem te vê!

Ainda por cima com total falta de objectividade e manifesto tendenciosismo.

Água mole ...


Dos conimbricences - também conhecidos como "coimbrinhas" por força do seu "rasgo", da sua largueza de visão, da sua ambição quanto à sua cidade e ao futuro dela, da sua capaciade de sacrifício e de luta tendo em vista o bem comum e da colectividade - ainda nada se ouviu.

Contudo é publico e notório que a cega obstinação do governo pretende
levar para Souzelas a co-incineração, repescando o processo que ficou parado há alguns anos.
O governo pretende fazer crer á cidade e aos respectivos habitantes que a co-incineração é uma coisa boa que até dá "pontes" (ainda que as instruções de montagem não venham completas e muitas peças não se encaixam bem umas nas outras).

Ou antes, o governo o governo está-se absolutamente nas tintas para o que os conimbricences pensam da co-incineração e se a querem ou não.
Verdadeiramente importante é que ela já foi defendida pelo senhor pruimeiro ministro quando era ministro do ambiente e o que o senhor primeiro ministro diz é para se fazer (quer se goste ou não).

Coimbra há muito que não tem indústria - a não ser a da construção civil.
Uma qualquer epidemia (eventualmente, uma sequela do espírito "coimbrinha") fez acabar com toda a "cintura industrial" de Coimbra, que até ao último quartel do século passado era pujante. Quem não se lembra das bolachas Triunfo, da cerveja Topázio, a cerveja da Coimbra (que, ignomínia das ignomínias, continua a ser produzida pela Central de Cervejas, na sua fábrica de Vialonga, com água do Alviela!), dos lavatórios e sanitas da Ceramica Estaco, dos tecidos de Santa Clara e da Mondorel, da fundição Portos, das caldeiras da Termec.
Hoje, os locais dessas unidades fabris aprestam-se, não tarda, a tonar-se palco da indústria de Coimbra - a construção civil.
Ora, se em Coimbra (já) não há produção de resíduos industriais perigosos que careçam de ser co-incineradas, porque razão, então, é em Coimbra que eles virão ser incinerados?

Se a Coimbra já nada mais resta que um pouco de "bom ambiente", poqure razão retirar-se-lhe até isso!
A arrogância do governo raia a tirania.
A obstinação com a instalação da co-incineração em Coimbra, não mais pretende ser do que uma manifestação da total subjugação da cidade à vontade do tirano. É a "pax romana" co-incinerativa (ou na versão de Solnado, mais adquado ao caso, "quer queiras quer não hás-de ser bombeiro voluntário").
Se dantes seriam necessários dois centros de co-incineração para proceder ao tratamento de todos os resíduos industriais perigosos, agora com seu tratamento nos CIRVER sobram apenas menos de 20% desses RIP cuja solução (mais práctica) de tratamento será a co-incineração.
Então para quê insistir em dois centro de co-incineraçao, um deles em Souselas? Não chega um só?
Ou os aumentos dos impostos para combate ao défice vão servir, afinal, para pagar obstinações?

E em Coimbra, ao que parece, longe vão os tempos em que

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Pobre cidade!

Evidentemente que a opção por Souselas prende-se, definitivamente, com o facto de ter que ser instalado um sistema de co-incineração numa (qualquer) fábrica de cada um dos grupos cimenteiros. Sendo que Maceira-Liz recusou a instalção da co-incineração, caba a Souselas ficar com este ónus, já que "do outro lado" Outão está a caminho.

É que a co-incineração é também um grande negócio para as cimenteiras: para além das compensações financeiras que recebem pela instalação desse sistema bem como pela realização da queima, o material a ser co-incinerado, substitui, se não totalmente, ao menos na quase totalidade, o combustível para os fornos do cimento. Ora este material é entregue às cimenteiras "de graça".
Ainda assim, desconhece-se que esteja prevista qualquer descida no preço do cimento.



Rule, Britannia!

segunda-feira, 20 de junho de 2005

Não tardou. Blair já começa a dar sinais do que ele entende ser a Europa.
Ou seja, do que entende ser necessário para que possa dar o seu acordo nos acordos de que a Europa necessita.
Depois da “Europa franco-alemã” será que vamos ter a “Europa britânica”?


"Anotícias"

Que pena. Já não há noticias sobre a Europa!

Depois do afã da semana passada, o fim-de-semana foi de total tranquilidade.
Os jornais, os noticiários, os políticos não falaram mais na constituição europeia nem nas perspectivas financeiras.

Para já "chutou-se para a frente" o "problema" do tratado da constituição europeia.
Ou seja, mantendo-se tudo como está, adiaram-se por um ano mais "nãos" à constituição europeia.
É que não se descobre como é que o decurso do tempo, sem mais, irá alterar a posição de todos os que já votaram contra, mais a daqueles que já estavam de caneta na mão para também o fazer.

A não ser que se repitam referendos até o "sim" ganhar. Na verdade, esta pode bem ser a solução para se conseguir a viabiliade da Europa.

A respeito de fundos comunitários, a coisa é mais grave!
Começam agora a surgir países que questionam a sua comparticipação para as finanças da Europa.
Mas será que é a sua comparticipação o que verdadeiramente questionam? Ou será muito mais que isso?


A partir de 1 de Julho vamos ter a old albion "à frente" da Europa.
O que será e como será a Europa vista e comandada pelo "outro lado" da Mancha? O mais certo é a Europa ser "observada"do ponto de vista de que face a uma enorme tempestade na Mancha o continente fica isolado de inglaterra.
Coitada! Em que estado estará ela no final do próximo semestre?


Pena, pena foi a Inglaterra ter "estragado" aquele acordo que o nosso governo tinha conseguido. Era um bom acordo, apesar dos fundos ficarem "ratados" em 17 %, desde logo porque garantia ao governo uns dinheirinhos, essenciais para o "bom desempenho" governamental!
Agora sem "perspectivas financeiras" o futuro torna-se mais negro!

Compungente foi a posição dos novos paises aderentes, que até já nem se importavam de receber menos dinheiro para se cheger a um consenso. A velha Europa está mesmo a ficar um tanto ou quanto "miserável".
Por este andar, não tarda que passe a cobrar "jóia de inscrição" aos novos países que se queiram "associar".

Os primeiros 100 dias de actividade governativa - II

sexta-feira, 17 de junho de 2005

Nomeações:

Venham mais três ...., no ministério da justiça!

E tal é a "pressa" que a notícia do gabinte de imprensa, datada de 18 de junho, aparece na web logo no dia 17!


Os primeiros 100 dias de actividade governativa


Medidas de fundo:



























Pausa-café

Garantida (será que está mesmo?) a "massa" dos fundos comunitários (se bem com um corte de 17% que o governo pretende como vitória, mas que não será tanto assim ...) o governo decidiu-se a uma "pausa-café" no que toca ao referendo europeu.

Antes, já tinha aprovado em conselho de ministros a resolução que aprova para ratificação o tratado da constituição europeia.

Com aquela queda para (não) cumprir o que promete, tudo se encaminha para que, daqui a uns tempos, o governo mande o referendo "às urtigas" (eventualmente com uma qualquer colaboração tipo "presidente do banco de Portugal" que aconselhe a sua não realização com base em estimativas de resultados, para dar um ar mais credivel à "nega") e prossiga o processo de ratificação da tratado da constituição europeia iniciado no conselho de ministros do passado dia 15.

Na verdade, para quê perguntar aos portugueses se querem a europa daquele tratado?

Se o que o governo quer é dinheiro - e já arranjou o do quadro comunitário de apoio 2007-2013, a que vai juntar ainda o obtido com o aumento de impostos mais o da "folga" permitida pela "estimativa" da "despesa" e do défice orçamental ("manobra" ontem bem descrita na entrevista a Ferreira Leite) mais o dos cortes na despesas com remunerações da função pública - para quê referendos?

Para quê Sócratres sujeitar-se a ver ganhar o "não", como forma de expressão do mesmo desagrado manifestado atrvés da derrota imposta à coligação governamental nas eleições europeias, e que terá sido (?) um "prenúncio de morte"?

Erraticamente, Sócartes vai tentando aguentar-se em cima do cavalo do poder. Até quando durará o equilibrio?


Licor Beirão

quinta-feira, 16 de junho de 2005

Faleceu Carranca Redondo, o homem do "Licor Beirão, o licor de Portugal".

A partir da Lousã, foi capaz de difundir por Portugal e pelo estrangeiro um produto e uma marca reconhecida por todos.
Quando ainda estava longe pensar-se nisso, criou os primeiros "outdoors" a publicitar o licor Beirão, pintados artesanalmente à mão, nos muros e árvores que ladeavam as estradas, propriedade da JAE, o que lhe valeu uma imensidade de processos judiciais e julgamentos por causa dessa publicidade.

Para além disso havia ainda, colocados em pontos absolutamente incríveis das serranias ou "colados" em casas, em azulejos da "lusitânia", uns típicos placards publicitários (a imitar as placas toponímicas de localidade da JAE) com um passarinho pousado sobre elas, que acabaram por ter, na altura, quase tanta projecção como o "homem da capa negra" da Sandeman, ou o touro da Osborne em Espanha.


Contudo se o licor Beirão adquiriu uma imensa divulgação, verdadeiramente curioso era o "licor de pera", não tanto pelo licor em si (igual a outros licores de pera) mas pelo facto da garrafa que o continha ter lá dentro uma pera verdadeira, inteirinha e de tamanho muito razoável.
Não havia qualquer milagre: a dado momento do florescimento das pereiras, um ramo com uma flor era introduzido dentro de uma garrafa, a garrafa era pendurada na pereira e as peras cresciam no seu interior. É evidente que a pereira passava a "árvore das garrafas".
Depois, em devido tempo, era só fazer a colheita do binómio pera/garrafa e introduzir lá dentro o licor - estava feito o licor de pera (com ela!).

Um olho no burro e outro no cigano


O governo seguiu, finalmente, a “posição Freitas do Amaral” no que toca à “constituição europeia” e já admite fazer uma “pausa-café” antes do referendo sobra a ratificação do tratado.

Contudo, simultaneamente, numa manifestação de inteligência e de estratégia politica multifacetada (que o leva a ter “um olho no burro e outro no cigano”), o governo já deixou ontem aprovada, em Conselho de Ministros, a
Resolução que aprova, para ratificação, o Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa, incluindo Protocolos, Anexos e Acta Final, assinado em Roma, em 29 de Outubro de 2004.

Assim o nosso governo nunca é apanhado “descalço”:
- adiando-se o referendo, já se manifestou favoravelmente à posição “pausa-café”;
- se a ratificação “continuar para bingo”, já adiantou trabalho no que toca à ratificação, pois até já aprovou o tratado;
- mas mais ainda: no Conselho deste fim-de-semana sempre pode dizer quando estiver a “negociar” mais uns “funditos” que ele (governo) é favorável a qualquer posição sobre o tratado, desde que isso dê dinheiro!

Estavam todos

O funeral de Álvaro Barreirinhas Cunhal estava cheio de gente.
Vieram de todo o lado, por todos os meios. Do Alentejo também, de autocarro.
O partido deu uma ajuda.
Aquela multidão serviu para recordar as "movimentações" para "engrossar" as manifestações no tempo das ocupações, das nacionalizações, da reforma agrária.
Podemos ter uma certeza: se não estiveram todos no funeral, estiveram quase todos. Afinal, os comunistas são só aqueles!

"Mal acomparado"


Tem-se "ouvisto" (na televisão) a propósito de Cunhal, falar em Jesus Cristo, comparando ambos.

A invocação já é descabida. A comparação é uma total e absoluta chochice.

Mas se assim não fosse, imagine-se o que seria agora o Jerónino de Sousa passar a assumir as funções de "Papa do cunhalismo"!

"Órgência"

quarta-feira, 15 de junho de 2005

O "discurso" do governo é que o orçamento rectrificativo era de uma "órgência" desmedida.

"Órgia" rectificar o orçamento "pro via" das medidas para "dar cabo" do défice!

Vai daí a discussão, votação na generalidade, na especialidade e final global do orçamento rectificativo (cuja texto ainda não foi apresentado na assemebleia da república e portanto a respectiva proposta de lei ainda não têm número) está prevista para a data mais próxima possível - o dia 6 de Julho pelas 15 horas (quase daqui a um mês) (o que pode ser confirmado no Boletim Informativo da Assembelia da Rpública nº 29 (extra) de 16 de Junho, mas que nada garante que não venha ainda a ser novamente alterado).

Por causa dessa "órgência", no dia 1 de Julho vai estar em discussão, no parlamento, a lei quadro da água (que é muito mais importante que o orçamento rectificativo, "derivado à" seca!

Antes de tudo isto está (agora) agendada para o dia 23 de Junho a aprovação da lei sobre as nomeações para os cargos dirigentes da administração pública.

O governo já não deve precisar (para já) de nomear mais ninguém!

Ratificação


Que pena! O nosso governo está completamente surdo!

Não é que, não obstante todo o "barulho" que vem rodeando o tratado da constituição europeia, designadamente os "nãos" franceses e holandeses, o "até qualquer dia" dos ingleses e os futuros "nãos" dos proximos referendos, pondo em causa a subsistência do próprio tratado e, por isso, a continuação dos processos para a sua ratificação, aprovou em conselho de ministros uma Resolução que aprova, para ratificação, o Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa, incluindo Protocolos, Anexos e Acta Final, assinado em Roma, em 29 de Outubro de 2004.

É grave. É sinal de que não ouve rigorosamente nada!
E para além de não ouvir, não lê os jornais!
E para além de tudo isso é teimoso!
E o pior que tudo, a surdez põe o governo fora de toda a realidade!


Reformas na função pública


Vai ser lançado um plano de reformas antecipadas na função pública.

Calma ... nada de pressas para meter o "papel". Isto vai passar-se em
Espanha (link "económico", à Público).

Por cá o governo está a pensar dotar todos os serviços públicos de rampas de acesso até ao topo dos edifícios, e corrrimões ao longo dos corredores.
Serão postos à disposição dos funcionários andarilhos e canadianas, à medida das suas necessidades, tendo por base o "rácio" de um andarilho por cada cinco funcionários e duas canadianas por cada par de funcionários (os funcionarios apoiam-se um ao outro e cada um usa uma canadiana "do lado de fora" para se apoiarem aos dois).

Critério no luto

terça-feira, 14 de junho de 2005

Em matéria de “luto”, o governo usa o mesmo critério que em matéria de défice: não tem qualquer critério.

Vai daí, decretou um dia de luto nacional pelo falecimento do antigo lidar do PCP, Álvaro Barreirinhas Cunhal.

No funeral do companheiro Vasco que, quer se queira quer não, foi primeiro ministro de Portugal (funções nas quais deixou um “rasto” bem marcado), o primeiro ministro, ao que parece resultar da notícia da Lusa,
não esteve presente nem se fez representar.

(In)Coerência


A propósito do falecimento de Cunhal, há coisas difíceis de compreender.

Porque será que “personalidade forte” e “coerência de ideias” são sinais de virtude superior em determinada pessoa, mas noutra já são abomináveis defeitos?




Os políticos e os aposentados

segunda-feira, 13 de junho de 2005


No laborathorio da pharmácia, o fim das subvenções mensais vitalícias e a redução das pensões de aposentação, "para sermos todos iguais"!

Mandriice

É o que dá a mandriice dos “fins de semana prolongados”. A “posta” que se segue era para ser publicada no sábado.

Faleceu Vasco Gonçalves. Paz à sua alma.

Porém, a notícia da morte de Vasco Gonçalves fez vir à tona da memória aqueles tempos “inesquecíveis” do “gonçalvismo”, do PREC e do MFA, das nacionalizações selvagens, da perseguição aos que “não estavam com a revolução” (“quem não está com a revolução está contra a revolução”, Vasco dixit), aqueles comícios inenarráveis com aqueles inenarráveis discursos do “camarada Vasco”, os “camaradas” do “camarada Vasco”, os “soldados unidos vencerão” (SUV), o camarada Otelo, os “fascistas para o Campo Pequeno”, a NATO fora de Portugal, os “programas de dinamização cultural” da 5ª divisão, o “serviço cívico” para os candidatos à entrada na universidade (prenúncio da actual inutilidade que é o 12º ano), da reforma agrária, de “a terra a quem a trabalha”, das unidades colectivas de produção, das manifestações de trabalhadores, das ocupações selvagens de empresas e de herdades, da “auto-gestão”, das cooperativas agrícolas, dos “saneamentos” políticos de funcionários públicos, das perseguições políticas ou por causa da política, das detenções em Caxias, das reuniões gerais de alunos e das assembleias magnas, do “paz, pão, saúde, habitação”, da “malta” e “do que faz falta”, do ataque à rádio renascença, da proibição de saída de divisas de Portugal, de “a reacção não passou nem passará”, de “uma gaivota voava, voava”, das greves, das barragens nas estradas, das intentonas do “28 de Setembro” e do “11 de Março”, de Costa Gomes e de tantas outras coisas perfeitamente surreais.

Tudo isto prova de que somos um grande povo e um grande país.
Pois só um grande povo e um grande país são capazes de não ser devorados por toda a vertigem paranóica então reinante e de não soçobrar naquele tempo de absoluta demência.


Mas de “blog” nem sábado, nem domingo!
Acontece que agora esta posta precisa agora de uma aditamento.

É que na madrugada de hoje faleceu Álvaro Barreirinhas Cunhal. Paz à sua alma.

A notícia da morte de Álvaro Cunhal faz-nos vir à memória tudo aquilo que a notícia da morte de Vasco Gonçalves nos rememora. Porque será?

Diálogo

quarta-feira, 8 de junho de 2005

O "diálogo" estabelecido entre Costa (ministro, António) e Soares (deputado, bombeiro, presidente de câmara, presidentes de "distrital", "futuro" presidente da "liga" de bombeiros, Jaime) naquela inefável sala das "comissões" (sempre com o cenário daquela "porta" tromp d'oeil" em fundo) foi "demais".

Mentira para cá, "mentiroso" para lá, "quem não se sente", "filho de boa gente", "não lhe admito" para cá, "aviões" para lá, "o «teu» governo é que tem culpa" para cá, "faltam os prometidos meios de combate a incêndios" para lá, "falta a homologação dos aviões" para cá, outra vez "mentiroso" para lá.

Moral da história: meios aéreos de combate a incêndios só lá para o verão!
Naturalmente por culpa do anterior governo! Olha se não fosse!

Vanitas


A apresentação da candidatura da Bárbara Guimarães a primeira dama do Município de Lisboa, acompanhada de seu filho Diniz, futuro “princeps municipalis”, decorreu com o maior glamour.

Na ocasião o primeiro ministro manifestou o seu apoio à candidatura do pai do pequeno Diniz e marido de Bárbara Guimarães a presidente da Câmara Municipal de Lisboa (o que, verdadeiramente, é o que menos interessa).

Na cerimónia perpassou um discurso intelectual “quantum satis”, pleno de cultura, de superioridade, de futuro risonho, de superior displicência, de cor-de-rosa, de “Caras”, de acidez (e também de um pouco de flatulência), de moda, de “tudo-de-bom”, de vaidade, de “nada-de-mau”, de “sociedade”, de “anti-lopismo”, de “contra-carmonismo”, tudo, tudo, tudo, muito bom, tudo, tudo, tudo, muito bem.

Diniz teve que sofrer os primeiros “tratos de popularidade” para manifestar assertivamente a sua vontade em ver o papá sentado onde hoje se senta o dr. Santana, desejo esse que partilha com a mamã. Ou melhor: o desejo é da mamã! Para ele, tudo isso é absolutamente indiferente!

A respeito desta cerimónia, comentou Augusto Gil (em 1909):

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...

(Luar de Janeiro)


"As farmácias associadas nunca serão derrotadas"


Como já se previa há muito, a ANF não "esperou sentada" à espera da consumação da promessa do primeiro ministro de passar a ser permitida a venda de medicamentos fora das farmácias, designadamente, nas grandes superfícies.

Cordatamente, a ANF até
prometeu apoio ao governo, apesar de não concordar com a medida.

Mas silenciosamente, reagiu, como era de esperar. Na sombra, foi manobrando os seus cordelinhos e rearranjando as pedras no tabuleiro de modo a que as farmácias (e os farmaceuticos) nunca percam a posição dominate, monopólica, da venda de medicamentos.
E vai daí, adquiriu uma posição maioritária na filial portuguesa de uma grande distribuidora de medicamentos que detém uma quota de 80% no mercado de distribuição de medicamentos no nosso país.

E pronto. Agora os supermercados, se queiserem vender medicamentos têm que os ir comprar aos farmacêuticos.

E governo se quiser dimiuir as margens de comercialização da distrubuição dos medicamentos, tem que falar com os farmaceuticos.

Era previsível.
Já o tinhamos dito. Na verdade , quem tem um "cordeiro" tem tudo!

Com esta manobra, os farmaceuticos mantêm o monopólio na venda de medicamentos. Apenas o deslocaram da venda a retalho de medicmentos, nas suas farmácias, para o da distribuição de medicamentos, detido pela associação das suas farmácias.

O que vem provar definitivamente, se necessário ainda fosse, que o que move os farmaceuticos e a sua associação são puras questões de saúde, evidentemente da sua "saúde financeira" e nem tanto (ou apenas qb) de "saúde pública"!

Agora o governo que desembrulhe esta "bota"!

Citações

terça-feira, 7 de junho de 2005

Está um calor de ananazes!

Eça de Queirós

O que vale é o ar condicionado ...

Pharmacêutico

Sem tema


Hoje ainda não consegui encontar tema para um post.
Na verdade tudo corre sobre rodas.
Nada há a que fazer reparo.

Nem mesmo as declarações do prof. Freitas. Aliás não se compreendem as reacções sobre o facto do senhor ministro dos negócios estrangeiros expor a sua posição pessoal em declarações oficiais (o que mostra, tão somente, que pensa por si e não anda a reboque do governo) quando o senhor
ministro das obras públicas transportes e comunicações usa a página do governo para prestar declarações pessoais sobre a sua situação privada no que toca à percepção de reformas.

Nem os incêndios são tema. Apesar da antecipação do início da época dos fogos, eles estão aí, a consumir mais um tanto dos nosso país. E de meios aéreos, (que tinham sido reforçados porque o anterior governo nada tinha feito) pouco ou nada. Aguarda-se a celebração dos contratos!

E a que propósito o repto de Coelho, a título de "bitaite" incendiário, para que seja aumentada a tributação dos bancos e seguradoras? Tem mandato do governo para "abrir caminho" (tipo bulldozer?)? Torna mais suave a tarefa do governo quanto às suas medidas para combater o défice (algumas só impopulares, outras impopulares,absurdas e demagógicas)?

A comunicação social, a respeito de tudo isto assegura que existe uma total normalidade e um funcionamento absolutamente regular das instituições democráticas (Presidente da República incluído).

Nota-se, aliás, um saudável evoluir na situação social do país: no tempo de Santana Lopes (só passaram três meses) muito menos que isto era de imediato apodado de "trapalhada" "demagigia" e "populismo" e a comunicação social e os "senadores" desdobravam-se em críticas e asperezas.

Agora, pelo silêncio sepulcral, tudo isto desapareceu. Felizmente!

Perguntas

segunda-feira, 6 de junho de 2005

O que será a "ética republicana"?

Será que é diferente da "ética socialista"?

Será o contrário da "ética monárquica"?

E que relação terá com a "ética" "tout court"?

O que é que a ética, republicana ou não, tem a ver com pensões de aposentação?

E o que é que a página oficial do governo tem a ver com comunicados pessoais dos senhores ministros?


"Postposted"


"Lá vai mais um" referendo ao tratado da constituição europeia.

Desta vez não sa tratou de um "não", ou no caso concreto, de um "no", visto tratar-se do Reino Unido, mas de um adiamento, à espera de melhores dias. Em princípio, referendo, só para o ano.

A Dinamarca apresta-se também a adiar o seu referendo, face ao ambiente que rodeia a constituição europeia.

E por cá, "sim" ou "não"?

Ausência de medidas


Já se está a notar que o governo, o primeiro ministro ou qualquer ministro, ainda não anunciaram hoje, e até ao presente momento, nenhuma medida ou contra – medida destinada a corrigir, emendar ou combater qualquer efeito ou reacção a medida ou contra – medida anteriormente anunciada.

Venham mais cinco ...



Venham mais cinco
Duma assentada
Que eu pago já
Do branco ou tinto
Se o velho estica
Eu fico por cá


Bem me diziam
Bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra
Quem trepa
No coqueiro
É o rei


Zeca Afonso

Ora pois!
Precisamente no conselho de ministros reunido ontem, dia do Senhor, na pousada do infante, em Sagres, (local escolhido tendo presente a vontade deste conselho em se associar às medidas do governo destinadas à contenção de despesas, com vista a combater o défice e simultaneamente relançar o crescimento económico) “vieram mais cinco” novos serviços públicos, as Administrações de Região Hidrográfica (ARH) (só no continente, pois haverá também ARH nos Açores e na Madeira).

Significa isto que vamos ter mais uns tantos dirigentes e mais uma quantidade de “funcionários públicos”, vezes cinco!

É evidente que os primeiros, os dirigentes, vão ser mais uns tantos “boys” do PS. Tão certo como três e dois serem cinco!
Ou seja, mais uns “engenheiros nunos cardosos”, já que estamos a falar de água.
Atenção aos presidentes de juntas de freguesia do PS: se um ex – presidente de câmara foi nomeado para administrador das Águas de Portugal, um presidente de junta pode muito bem ser nomeado para dirigir uma administração de região hidrográfica.

Dos segundos não reza a história. Com a perseguição que agora lhes é feita pelo governo, ser actualmente funcionário público é merecedor de detenção em Guantanamo.
Por causa disso e para que, ainda assim, a água se mantenha “bacteriologicamente pura” serão apenas recrutados para estes novos serviço funcionários públicos absolutamente imbuídos deste novo espírito PS “anti–função pública” (o que garante desde logo um aumento anual de vencimento de 2%, sendo que este aumento será de 3% em caso de simpatia activa com o PS, e de 4% se filiado no PS).
Escusado será dizer que não será recrutado nenhum funcionário “dos outros tipos”. E se, por engano o for, não terá nunca qualquer aumento de vencimento, para saber o que custa combater o défice!

Parafraseando Zeca Afonso:

Bem me diziam
Bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra
Quem trepa
No coqueiro
É o rei



"Medidas" a toda a hora!

domingo, 5 de junho de 2005

Desde que o défice nos foi finalmente “revelado”, não tem havido dia em que o governo não anuncie nova iniciativa governamental, quer englobada naquilo a que convencionou chamar de medidas destinadas a combater o défice, quer destinada a dar um “retoque” numa circunstância ou efeito colateral dessas medidas.

E a cada iniciativa anunciada, vai-se acentuando a ideia de que toda elas têm um carácter avulso, desarticulado e das quais o governo (e por isso também o senhor primeiro ministro) nem sequer sabe ou projecta, verdadeiramente, os seu efeitos ou consequências.

Assim, perante a invocação ou constatação de um qualquer efeito adverso, não tarda o senhor primeiro ministro surgir a anúnciar nova medida destinada a eliminar tal efeito (mas que mais tarde se verá que provoca outro efeito nefasto, para o qual, o governo, prontamente, anuncia nova medida).

Nesta sequência, se os efeitos da primeira medida não haviam sido estudados e avaliados em toda a sua extensão, no que toca à subsequente medida-remédio, ela nem sequer nunca havia sido pensada, e surgiu unicamente pela necessidade do governo ter que dar uma resposta a uma situação politicamente indesejável. Quanto aos seus efeitos logo se verá; e, se for necessário, “toma-se” outra medida.

Muitas destas medidas (se não todas) hão-de produzir efeito ao nível do ordenamento jurídico. Mas por causa do seu carácter avulso, não só esses efeitos darão origem, como seu inexorável resultado, a uma completa desarticulação dos mecanismos jurídicos e da sua disciplina jurídica, como, simultaneamente, contribuirão para o agravamento da confusão legislativa e do “caos normativo” que reina no nosso sistema jurídico e, em especial, ao nível do direito administrativo.

Exemplo de mais uma medida-remédio, destinada a "compôr" os efeitos indesejados de outra medida, é a hoje subitamente anunciada pelo senhor primeiro ministro de que os reformados quem exerçam funções publicas passam a poder receber apenas 1/3 da pensão de reforma em acumulação com o ordenado integral correspondente à função desempenhado, ou em alternativa, a pensão de reforma integral em acumulação com 1/3 do vencimento correspondente à função desempenhada.

Ora esta medida só surgiu por causa e como resposta à “incomodidade” sentida pelo governo (e pelo senhor primeiro ministro) face ao anúncio (que o senhor primeiro ministro classificou, desabrida e inusitadamente, de “assassinato de carácter”) de que o senhor ministro das finanças recebe uma pensão de reforma que acumula com o vencimento de ministro.

Se não fosse essa notícia e a incomodidade que ela provocou no governo, este não teria tomado esta medida. Mas dá a nítida sensação que a anunciou sem sequer pensar nos efeitos subsequentes. Tomou-a apenas porque era necessário dar uma resposta a uma situação incómoda; e tomou esta medida como poderia ter tomado uma qualquer outra.

Veremos, daqui a algum tempo, quando começar a ser publicada a legislação que incorpora esta e todas as restantes medidas e contra-medidas, o completo “caos” que irá provocar.

Composição química das "reformas"



O DINHEIRO

O dinheiro é tão bonito,
Tão bonito, o manganão!
Tem tanta graça o maldito,
Tem tanto chiste o ladrão!
O falar , fala de um modo...
Todo ele , aquele todo....
E elas acham-no tão guapo!
Velhinhas ou moças que veja,
Por mais esquiva que seja,
Tlim!Papo.

E a cegueira da justiça
Como ele a tira num ai!
Sem lhe tocar com a pinça;
É só dizer-lhe:-Aí vai...
Operação melindrosa,
Que não é lá qualquer coisa;
Catarata , tome conta!
Pois não faz mais do que isto,
Diz-me um juiz que o tem visto:
Tlim!Pronta.

Nessas espécies de exames
Que a gente faz em rapaz,
São milhares aos enxames
O que aquele demo faz!
Sem saber nem patavina
De gramática latina,
Quer-se um rapaz d'ali fora?
Vai ele com tais falinhas,
Tais gaifonas ,tais coisinhas....
Tlim!Ora...

Aquela fisionomia
E lábia que o demo tem!
Mas numa secretaria
Aí é que é vê-lo bem!
Quando ele de grande gala,
Entra o ministro na sala,
Aproveita a ocasião:
«Conhece este amigo antigo?
-Oh meu tão antigo amigo!
(Tlim!) Pois não!»

João de Deus

Assassinatos

sábado, 4 de junho de 2005
O primeiro-ministro criticou hoje a «campanha de assassinato de carácter» que considerou estar a ser feita contra o ministro das Finanças por causa da reforma que aufere, mas garantiu que nada afastará o Governo do seu caminho.
«Quero exprimir a minha solidariedade ao ministro das Finanças, que é um homem sério e muito competente, e quero que fique bem claro que não serão campanhas como esta, que visam o assassinato de carácter, que nos afastarão do nosso caminho», disse, numa reacção às notícias de que Luís Campos e Cunha acumula o vencimento de ministro com uma reforma do Banco de Portugal.


O senhor primeiro ministro está equivocado e a confundir tudo!

O senhor primeiro ministro deve saber muito bem, porque a utilizou muitas vezes, que a Estrada da Beira não é o mesmo que a beira da estrada.

Dizer-se que o senhor ministro das finanças aufere a quantia de 115.000 euros anuais, a título de reforma paga pelo fundo de pensões do Banco de Portugal, constitui uma simples enunciação de um facto, sem que tal comporte qualquer valoração subjectiva.

Dizer-se que o senhor ministro das finanças aufere a quantia de 115.000 euros anuais, a título de uma choruda reforma paga pelo fundo de pensões do Banco de Portugal, não obstante ser uma mera evidência, contém já um, ainda que corrente, juizo de valor sobre o montante da reforma. Na verdade, de uma reforma de 115.000 euros anuais, o mínimo que se pode dizer é que é choruda!

É do mais elementar senso comum que, a referência ao montante da reforma alguém, por mais elevada que ela seja, não é mais do que uma descrição factica e objectiva, e onde não há qualquer juizo subjectivo e muito menos qualquer intenção "assassina".

O senhor ministro das finanças não agiu ilegalmente quando adquiriu o direito a auferir aquela pensão de reforma, não praticou qualquer ilegalidade ou imoralidade para a ela ter direito, e ela foi-lhe atribuída por decorrência de norma jurídica (que a atribuiria identica pensão a outros desde que em iguais circunstâncias).

Agora, classificar como "campanha de assassinato de carácter" o dizer-se que o senhor ministro das finanças aufere de uma reforma de 115.000 euros anuais (que é um puro facto), revela à evidência, da parte de quem assim qualifica tal facto, um pré-entendimento e um juizo de valor sobre o que "julga" poder estar subjacente àquela divulgação.

Ou seja, o senhor primeiro ministro
  • pensa que nas circunstancias que ora se vivem, uma pensão daquele quilate, tão "choruda", "dá nas vistas";
  • pensa também que uma pensão como essa representa uma desigualade profunda e gritante em relação à mediania dos cidadãos deste país, actuais ou futuros reformados, a quem se pedem os mais extremos sacrifícios;
  • também acha que é imoral receber uma reforma daquelas ao fim de, apenas, seis anos de trabalho (por mais aturado que ele tenha sido);
  • também pensa que se se encontrasse liberto de obrigações governamentais e estivesse na oposição não deixaria de zurzir esta situação (ainda que, certamente, não pretendesse "assassinar o carácter" de quem quer que fosse, porque o senhor primeiro ministro é, como se comprova, uma pessoa de bem!);
  • também acha que é uma ignomínia, no momento em que se aumentam as exigências para auferir os direitos sociais e se reduzem muitos deles, o arauto dessa redução aufira uma reforma privilegiada.
  • pensa, no fundo, que este situação, pela sua singularidade, sai fora dos parametros de bom senso mínimo exigíveis a um político, e que a sua invocação é suficiente para derrubar, pelas razões mais óbvias, o sehor ministro;
  • e como sinceramente o pensa, resolveu projectar o seu pensamento sobre terceiros, imputando-lhes intenções não reveladas.

Ou seja, foi o senhor primeiro ministro que revelou que é merecedor de um "assassinato de carácter" o facto de o senhor ministro das finanças auferir uma choruda pensão de reforma que acumula com o venmcimento de ministro.

Por seu lado, com esta reacção, o senhor primeiro ministro fez uma verdadeiro "assasinato de carácter" a todos os cidadão portuguese, aposentados ou não, que afirmem que o senhor ministro das finanças aufere uma pensão de reforma mensal superor a alguns salários anuais de muito bom cidadão português, ao pretender condená-los por "delito de pensamento" acerca dos seus governantes e designadmente por pensarem que gostavam de ter uma pensão de reforma igual àquela.

Educação gramatical nas escolas!

sexta-feira, 3 de junho de 2005

Educação sexual nas escolas

2005-06-03

Ministério da Educação
Educação sexual nas escolas

O Ministério da Educação vai criar uma comissão, presidida pelo Professor Daniel Sampaio, para avaliar, propor novas soluções de concretização e de monitorização da educação sexual nas escolas portuguesas. Farão ainda parte da referida comissão o professor Miguel Oliveira da Silva, a professora Margarida Gaspar de Matos e um assessor do Ministério da Educação.
O objectivo desta decisão é melhorar as condições de ensino e aprendizagem, das questões da educação para a saúde, onde se incluem os temas da educação sexual e da alimentação, entre outros.
Trata-se de uma medida que visa ainda, em primeiro lugar, tranquilizar os pais, e, em segundo lugar, valorizar o trabalho dos professores e das escolas que têm vindo a desenvolver projectos nesta área.
Foi posta a circular em alguns jornais a ideia de que a educação sexual nas escolas portuguesas estava sem controlo, sendo apresentados exemplos ridículos e patéticos de práticas de ensino nesta área.
Importa informar os pais que não há registo nos serviços do Ministérios da Educação de casos ou de situação concretas que possam ter alguma relação com os exemplos divulgados. Se tal ocorresse o Ministério da Educação teria tomado medidas imediatas para a sua suspensão e correcção.
Até que a referida comissão apresente as suas propostas e que o Conselho Nacional de Educação se pronuncie, o Ministério assegura a continuidade dos trabalhos e dos projectos em curso assegurados pelos protocolos existentes com o Movimento Defesa da Vida, a Associação para o Planeamento da Família e a Fundação Portuguesa A Comunidade contra a SIDA.

Esta "coisa" que aparece na página do governo é de bradar aos céus!

Para além do conteúdo - brilhante como não podia deixar de ser! - a construção fraseológica e a pontução são um absoluto espanto!

Não seria possível juntar a esta "Comissão Daniel Sampaio", encarregada de avaliar o défice de escolariade da educação sexual, a Draª Edite Estrela (para dar uma mãozinha nas questões gramaticais). Já agora, porque, entre outros, vão também estar em causa temas de alimentação, a Maria de Lurdes Modesto devia ombrear com o Prof. Sampaio. Para os restantes temas, podia fazer parte da Comissão o irmão do Prof. Sampaio, já que ele tem uma opinião clara sobre tudo!

Armadilhado!

2005-06-02

Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações
Nota à comunicação social
Concurso da Metro Mondego

O Governo anterior lançou um concurso armadilhado para o metropolitano ligeiro do Mondego que previa a sua auto-extinção.

Repare-se no estilo literário da "nota". Repare-se na fineza da linguagem, no rigor das ideias, na clareza da exposição!

Repare-se na subtileza da expressão "concurso armadilhado"! Atente-se na ideia de "perigo de explosão" que a expressão transmite; realce-se a nota, cheia de força, do "perigo eminete" que todos e cada um de nós corremos, agravado no que toca a quem imediar aquele concurso!

Repare-se, por seu lado, na crueza da imagem sobre a "coacção" exercida pelo anterior governo sobre a Metro Mondego, o qual, fria e sanguinariamente, a "obrigou" a assinar protocolos com as câmaras municipais (não obstante as suas súplicas virginais).

Note-se o requebro da prosa, ao descrever a fria forma cavilosa (ffc) como o anterior governo, ao mesmo tempo que "obrigava " a Metro Mondego a assinar protocolos, preconizava soluções que não "davam satisfação" às camaras municipais da Lousã e de Miranda do Corvo.

Aprecie-se o estilo do reparo de que, não obstante todas estas artes sordidamente maquiavélicas, o anterior governo não pretendia "levar para a frente" o concurso.

A finura desta prosa vem-nos revelar, finalmente, que agora foi encontrado o caminho do "bem" e da redenção e que daqui para a frente nunca mais ninguém vai ser obrigado a nada, e que o bem vai, de uma vez por todas, vencer o "mal".

Por isso o governo (bom) vai, dentro de três meses, dizer à Metro Mondego qual o caminho do "bem", ou seja, a solução que ele quer ver adoptada - adivinhando-se desde já que tudo o que vier a ser decidido não deixará de ter em atenção a vontade da câmara municipal da Lousã, que por um mero acaso (veja-se nisto apenas um mero acaso e não qualquer outra razão) - é do PS, e exactamente o contrário do que pretenda a câmara municipal de Coimbra, que por um mero acaso (veja-se nisto apenas um mero acaso e não qualquer outra razão) é do PSD.

No meio de tudo isto continua-se a gastar dinheiro em estudos e projectos e do "metro", nem um "milímetro"!

É preciso dar conta que
  • a exploração de um metro ligeiro de superfície pelo ramal da Lousã foi atribuída em 1994 a uma sociedade anónima, de capitais exclusivamente públicos, detidos pelas Câmaras dos municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã,
  • a sociedade SA só foi criada em 1996,
  • o estado entrou para a SA em 2001,
  • durante todo este tempo o Metro nunca passou dum "micron",
  • a câmara de Coimbra foi PS de1989 a 2001,
  • desde a criação da sociedade e até 2002 o PS esteve no poder (o que é relevante, como se tem visto em casos paralelos, para efeitos de composição do respectivo conselho de administração),
  • o governo do PSD/CDS só assumiu funções em 2002, e desde o momento em que foi possível a alteração do CA da MM, o projecto avançou decisivamente,
  • o projecto parou agora porque a câmara da Lousã (que, por mera coincidência dos astros, é do PS) pretende, contra a opinião dos estudos técnicos e de viabilidade económica, que a linha do metro seja estendida até Serpins, uma metrópole de 1712 habitantes dos quais 1412 eleitores, que deram 66% de votos ao PS e 30% ao PSD para a assembleia de freguesia, o que garantiu ao PS a respectiva junta de feguesia,
  • que o governo actualmente montado no cavalo do poder é do PS,
  • que o MOPTC está firmemente determinado em encontrar um sistema de transportes que satisfaça as necessidades de mobilidade das populações na área de influência do actual ramal da Lousã nas suas ligações à cidade de Coimbra
  • que, por isso quer que a cidade de Coimbra (mais o seu presidente da camara e o CA do MM) vá às urtigas!
  • viva a Lousan e o Licor Beirão!

A propósito de toda esta questão, aproveita-se o ensejo para relembrar o governo PS e o senhor ministro do concurso "armadilhado", que o Presidente e os Vogais executivos do Conselho da Administração da MM vêm do tempo do anterior governo, que ademais os "obrigou" a assinar protocolos, e que, por isso, os coitadinhos, devem estar "mortinhos" por ser libertados de tão doloroso opróbrio, e que nas hostes do PS de Coimbra, há gente muito boa, cheia de virtudes e de temor a Deus (esta aqui é apenas figura de estilo, não é para ser levada à conta da sua literalidade!), cujo maior desejo é ser "supliciada" com uma designação em tais lugarzitos, o que, desde logo, facilita o caminho do "bem", da implementação da solução que vier a ser democrticamente decidida pelo senhor ministro, e da redenção de Serpins!.