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Pharmácia de Serviço

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É pena

Marinho Pinto significou, durante algum tempo "uma pedrada no charco". Em matéria de justiça disse aquilo que todos pensavam mas não tinham coragem para dizer publicamente (coisa, aliás, muito tipicamente portuguesa); não temeu afrontar poderes fácticos, como os dos juízes e dos ministérios públicos, confrontando-os com a realidade negra da justiça; trouxe para primeiro plano, em várias ocasiões, o tema da justiça.

Simultâneamente, contudo, Marinho Pinto não se privou de ser omisso na crítica, quando não mesmo defensor, do anterior governo e do seu primeiro ministro. Decerto, por causa das suas ideias políticas - mas que nas suas funções não calham nunca ser chamadas à liça.

Neste momento, Marinho Pinto afronta o actual governo e a Ministra da Justiça de forma panfletária, acintosa e mal educada. Arrogando-se uma razão, que ninguém se sabe se ele tem ou não, desfere ataques pessoais manifestamente excessivos e desbocados. Com eles, objectivamente, não pretende prosseguir apenas a justiça e a razão; visa sim perseguir pessoalmente uma governante, somente porque ela (que, verdade seja dita, é também muito "marreta" e também acha que tem sempre razão) não se verga, temerosa ou envergonhada, às suas diatribes e excessos verbais.

Marinho Pinto tem mantido uma guerra acesa contra a Ministra da Justiça por causa do pagamento da dívida da assistência judiciária aos advogados. A Ministra da Justiça diz que há casos de honorários fraudulentos. Marinho Pinto chama o Governo e a Ministra de caloteiros.

A dívida tem valores astronómicos, que não podem ter sido gerados nos seis meses que este governo leva de mandato. Essa dívida vem, por isso, do tempo do governo do ps e de sócrates - que nunca a pagou. Mas certo é, também, que nunca se ouviu Marinho Pinto pedir o seu pagamento ao anterior governo e a usar para o efeito, os termos e modos que hoje usa.

Só por isso, não pode agora pôr-se a berrar que quer a dívida paga e a apodar o governo de caloteiro. Pelos vistos, caloteiro foi, isso sim, o anterior governo ps. E depois, se há fraudes nos honorários (pelos vistos há 13.000 situações mais ou menos irregulares) que se faça uma auditoria absolutamente exaustiva. E que se reveja a forma de pagamento desses honorários.

O que não pode acontecer, para prestígio da justiça e da advocacia e advogados portugueses, é ouvirem-se, da boca do Bastonário dos Advogados, as galeguices que se ouviram no seu congresso e nas intervenções na comunicação social, dirigidas à Ministra da Justiça.

Marinho Pinto, que tem razão em muita coisa que diz, arrisca-se a passar a não ter razão nem moral em nada que afirme. Porque deixa de falar sobre factos e realidade e passa a tecer considerações, de carácter pessoal e ofensivo, sobre pessoas por causa do exercício de cargos institucionais. E isso é tanto mais óbvio quanto, antes, durante o governo de sócrates, ficou calado.

É pena que Marinho Pinto opte por estes caminhos tortuosos. Faz falta uma voz intrépida - que não pode, porém, chegar ao desaforo.
Porque a razão serena é incompatível com o desaforo.
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